Marta
Teixeira: Atriz; Acadêmica de Licenciatura em Teatro na Universidade Federal do
Pará; Participante do Minicurso de Crítica Teatral: “O que pode uma crítica
teatral?”
Espetáculo baseado em
uma das obras mais conhecidas de William Shakespeare, adaptado para um contexto
paraense e interpretado por clowns. “Você já imaginou se Romeu & Julieta
vivessem em Veropa e suas famílias fossem rivais por causa de suas
aparelhagens?” (Fanpage: CIA dos Notáveis Clowns).
A localidade foi
assemelhada antes mesmo de começar o espetáculo. Na bilheteria algumas pessoas
reclamavam pelo fato de terem reservado o ingresso e por, algum motivo, não haver
o ingresso. Na sala de espera do teatro a fila dava voltas, as pessoas estavam
ficando estressadas com o fato de o relógio apontar às 18h00 e ainda não terem
liberado a entrada; até que em certo momento começaram a proclamar: “Começa!
Começa! Começa! [...]”. Quando a entrada foi liberada se tinha a visão de pessoas
saindo de um ônibus lotado, e algumas pessoas ficaram ainda mais inconformadas
com o fato da apresentação ter início na praça do CENTUR.
Para os que ficaram do
lado de fora do teatro foi pedido à formação da platéia em meia lua para que houvesse
o início da apresentação; este início lembrava bem o mercado do Ver-o-Peso: um
dos personagens entregando panfletos sobre a apresentação que iria acontecer, um
carro de som improvisado reforçando o convite, os atores no centro e pessoas ao
redor.
O espetáculo inicia com
as disputas entre as aparelhagens – do lado esquerdo a família Capuleto com sua
aparelhagem de Tecnobrega e do lado direito a família Montecchio com sua aparelhagem
de Bregas marcantes; alguns atores interagiam com o público convidando algumas
pessoas para dançar. Em seguida, entra o narrador para anunciar que qualquer
atentado ao sossego e a paz seria punido com a morte do ofensor – após isso
todos se dirigem ao teatro.
Ao entrar no teatro se
observava grande parte dos acentos ocupados, pois, infelizmente, algumas
pessoas não assistiram o inicio da apresentação; como a demanda foi grande
houve pessoas que ficaram em pé – o teatro ficou tão cheio que suas portas
ficaram abertas.
Em um determinado momento
do espetáculo tive a sensação de estar no Teatro Elisabetano, pois algumas
crianças foram para a beira do palco assistir a apresentação e elas ficavam
interagindo com quem estava na cena.
O espetáculo fluiu bem;
por ser interpretado por clowns é evidente que a comicidade estava presente.
Para finalizar a apresentação os atores convidaram as crianças para subir ao
palco e dançarem com eles. Entretanto, alguns pais e/ou responsáveis também
subiram ao palco para fotografar as crianças com os atores e foi pedido para
que eles esperassem o encerramento para poderem registrar. Enfim, foi um
espetáculo que arrancou muitas risadas da platéia e foi muito aplaudido.
Marta
Teixeira
6
de março de 2017
Ficha
técnica:
Realização:
Cia. dos Notáveis Clowns –
SEIVA – Fundação Cultural do Estado
do Pará – Governo do Pará
Apoio
cultural:
Parque Musical – CEB Aldeia – Grupo
Experimental de Teatro Aldeato
Elenco:
Adhara Belo, Ariane Caldas, Artur
Neves, Erurico, Hudson dos Passos, Jimi Brito, Roberta Passinho, Luciano Lira,
Nilton Cézar, Neire Lopes, Wallace Horst
Carpintaria:
Rubinaldo Soares Silva
Adereços:
Rubinaldo Júnior, Wallace Horst
Visualidade:
Cléber Cajun
Confecção
de figurino:
Olívia Dias
Operação
de iluminação:
Enoque Paulino
Design
gráfico:
Raíssa Araújo
Assessoria
de imprensa:
Leandro Oliveira
Dramaturgia:
Livre adaptação da companhia
Direção
geral:
João Guilherme Ribeiro Pinho
Nenhum comentário:
Postar um comentário