segunda-feira, 6 de março de 2017

Romeu & Julieta Paraense – Por Marta Teixeira

Marta Teixeira: Atriz; Acadêmica de Licenciatura em Teatro na Universidade Federal do Pará; Participante do Minicurso de Crítica Teatral: “O que pode uma crítica teatral?”  
Espetáculo baseado em uma das obras mais conhecidas de William Shakespeare, adaptado para um contexto paraense e interpretado por clowns. “Você já imaginou se Romeu & Julieta vivessem em Veropa e suas famílias fossem rivais por causa de suas aparelhagens?” (Fanpage: CIA dos Notáveis Clowns).
A localidade foi assemelhada antes mesmo de começar o espetáculo. Na bilheteria algumas pessoas reclamavam pelo fato de terem reservado o ingresso e por, algum motivo, não haver o ingresso. Na sala de espera do teatro a fila dava voltas, as pessoas estavam ficando estressadas com o fato de o relógio apontar às 18h00 e ainda não terem liberado a entrada; até que em certo momento começaram a proclamar: “Começa! Começa! Começa! [...]”. Quando a entrada foi liberada se tinha a visão de pessoas saindo de um ônibus lotado, e algumas pessoas ficaram ainda mais inconformadas com o fato da apresentação ter início na praça do CENTUR.
Para os que ficaram do lado de fora do teatro foi pedido à formação da platéia em meia lua para que houvesse o início da apresentação; este início lembrava bem o mercado do Ver-o-Peso: um dos personagens entregando panfletos sobre a apresentação que iria acontecer, um carro de som improvisado reforçando o convite, os atores no centro e pessoas ao redor.
O espetáculo inicia com as disputas entre as aparelhagens – do lado esquerdo a família Capuleto com sua aparelhagem de Tecnobrega e do lado direito a família Montecchio com sua aparelhagem de Bregas marcantes; alguns atores interagiam com o público convidando algumas pessoas para dançar. Em seguida, entra o narrador para anunciar que qualquer atentado ao sossego e a paz seria punido com a morte do ofensor – após isso todos se dirigem ao teatro.
Ao entrar no teatro se observava grande parte dos acentos ocupados, pois, infelizmente, algumas pessoas não assistiram o inicio da apresentação; como a demanda foi grande houve pessoas que ficaram em pé – o teatro ficou tão cheio que suas portas ficaram abertas.
Em um determinado momento do espetáculo tive a sensação de estar no Teatro Elisabetano, pois algumas crianças foram para a beira do palco assistir a apresentação e elas ficavam interagindo com quem estava na cena.
O espetáculo fluiu bem; por ser interpretado por clowns é evidente que a comicidade estava presente. Para finalizar a apresentação os atores convidaram as crianças para subir ao palco e dançarem com eles. Entretanto, alguns pais e/ou responsáveis também subiram ao palco para fotografar as crianças com os atores e foi pedido para que eles esperassem o encerramento para poderem registrar. Enfim, foi um espetáculo que arrancou muitas risadas da platéia e foi muito aplaudido.
Marta Teixeira
6 de março de 2017
Ficha técnica:
Realização:
Cia. dos Notáveis Clowns –
SEIVA – Fundação Cultural do Estado do Pará – Governo do Pará
Apoio cultural:
Parque Musical – CEB Aldeia – Grupo Experimental de Teatro Aldeato
Elenco:
Adhara Belo, Ariane Caldas, Artur Neves, Erurico, Hudson dos Passos, Jimi Brito, Roberta Passinho, Luciano Lira, Nilton Cézar, Neire Lopes, Wallace Horst
Carpintaria:
Rubinaldo Soares Silva
Adereços:
Rubinaldo Júnior, Wallace Horst
Visualidade:
Cléber Cajun
Confecção de figurino:
Olívia Dias
Operação de iluminação:
Enoque Paulino
Design gráfico:
Raíssa Araújo
Assessoria de imprensa:
Leandro Oliveira
Dramaturgia:
Livre adaptação da companhia
Direção geral:
João Guilherme Ribeiro Pinho


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